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1968 – "Consolação" – Conjunto Som 4 – 🎹 César Camargo Mariano, 🥁 Airto Moreira, 🎸 Humberto Clayber, 🎷 Hector Costita, 🎺 Papudinho

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Hermeto Pascoal Oliveira da Costa mais conhecido pelos primeiros dois nomes, nasceu a 22 de Junho de 1936 em Olho d'Água das Flores, Alagoas, Brazil.

É conhecido por ser um dos mais relevantes compositores, arranjadores, multi-instrumentistas e improvisadores do Brasil, com uma obra que atravessa a música popular brasileira, o jazz, a música erudita, o choro, o forró e a música experimental

Por ser albino foi poupado ao sol e encontrou no som e música uma devoção singular começando a tocar com peças de metal de um avô ferreiro, nas àguas de um lago próximo ou o acordeão do pai. Em breve juntou-se ao irmão já acordionista e revezavam-se na pandeireta animando festas locais de forró e casamentos. Aos 14 anos foi para Recife onde entre rádios cimentou o seu talento e aprendizagem até chegar ao Rio de Janeiro no final dos anos 50 e na década seguinte aos Estados Unidos e a todo o mundo a partir daí.

Trabalhou com estrelas mundiais como Miles Davis, Flora Purim, Dizzy Gillespie, Egberto Gismonti e Elis Regina tendo dado mais de 2000 concertos e gravado cerca de 20 àlbuns, o último dos quais dedicado à sua mulher em 2024 ""Pra você, Ilza"" com quem esteve casado mais de 50 anos tendo 6 filhos.

Hermeto cultivava uma relação muito própria com a espiritualidade e a criação musical: acreditava que a música era uma energia universal, capaz de unir as pessoas para além de culturas e religiões. Por isso defendia uma atitude generosa perante os direitos de autor — várias vezes afirmou que a música não lhe pertencia, que era um dom partilhado, chegando a disponibilizar composições livremente para quem quisesse tocar. Um dos exemplos mais impressionantes dessa entrega foi o período em que se propôs a compor uma música por dia durante um ano inteiro (entre 1996 e 1997, o Calendário do Som), feito que resultou em mais de 400 partituras e que ele ofereceu como um presente ao mundo.

Vem a falecer a 13 de Setembro 2025 no Rio de Janeiro, Brasil com 89 anos devido a causas naturais, mas a sua música, feita de liberdade, invenção e generosidade, permanece entre nós — como se tivesse encontrado a forma mais pura de eternidade."

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EN 🇬🇧🇺🇸

Hermeto Pascoal Oliveira da Costa, better known by his first two names, was born on June 22, 1936, in Olho d'Água das Flores, Alagoas, Brazil.

He is recognized as one of the most important Brazilian composers, arrangers, multi-instrumentalists, and improvisers, with a body of work that crosses jazz, Brazilian popular music, classical music, choro, forró, and experimental music.

Because he was albino, he was kept away from the sun and found in sound and music a unique devotion, starting by playing with pieces of metal from his grandfather the blacksmith, in the waters of a nearby lake, or on his father’s accordion. Soon he joined his brother, also an accordionist, and they took turns with the tambourine, enlivening local forró parties and weddings. At the age of 14, he moved to Recife, where through radio stations he honed his talent and learning until he reached Rio de Janeiro in the late 1950s and, in the following decade, the United States — and from there, the whole world.

He worked with world stars such as Miles Davis, Flora Purim, Dizzy Gillespie, Egberto Gismonti, and Elis Regina, having given more than 2,000 concerts and recorded around 20 albums, the last of which, released in 2024, was dedicated to his wife — Pra Você, Ilza — with whom he was married for over 50 years and with whom he had six children.

Hermeto cultivated a very unique relationship with spirituality and musical creation: he believed that music was a universal energy, capable of uniting people beyond cultures and religions. For this reason, he defended a generous attitude toward copyright — he often said that music did not belong to him, that it was a shared gift, even making compositions freely available for anyone who wanted to play them. One of the most impressive examples of this generosity was the period in which he set himself the task of composing one piece per day for an entire year (between 1996 and 1997, the Calendário do Som), a feat that resulted in more than 400 scores which he offered as a gift to the world.

He passed away on September 13, 2025, in Rio de Janeiro, Brazil, at the age of 89, due to natural causes. Yet his music, made of freedom, invention, and generosity, remains with us — as if he had found the purest form of eternity.

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DE 🇩🇪🇦🇹🇨🇭🇳🇱🇱🇺

Es war eine Stimme...

Hermeto Pascoal Oliveira da Costa, besser bekannt unter seinen beiden Vornamen, wurde am 22. Juni 1936 in Olho d'Água das Flores, Alagoas, Brasilien, geboren.

Er gilt als einer der bedeutendsten brasilianischen Komponisten, Arrangeure, Multiinstrumentalisten und Improvisatoren, mit einem Werk, das Jazz, brasilianische Volksmusik, klassische Musik, Choro, Forró und experimentelle Musik umfasst.

Da er Albino war, wurde er vor der Sonne geschützt und fand im Klang und in der Musik eine einzigartige Hingabe: Er begann, mit Metallstücken seines Großvaters, eines Schmieds, zu spielen, mit den Wassern eines nahegelegenen Sees oder mit dem Akkordeon seines Vaters. Bald schloss er sich seinem Bruder an, ebenfalls Akkordeonist, und die beiden wechselten sich an der Tambourine ab, um lokale Forró-Feste und Hochzeiten zu beleben. Mit 14 Jahren zog er nach Recife, wo er über Radiosender sein Talent und Wissen festigte, bis er Ende der 1950er Jahre nach Rio de Janeiro kam und in den folgenden Jahrzehnten in die Vereinigten Staaten — und von dort in die ganze Welt.

Er arbeitete mit Weltstars wie Miles Davis, Flora Purim, Dizzy Gillespie, Egberto Gismonti und Elis Regina zusammen, gab mehr als 2.000 Konzerte und nahm rund 20 Alben auf, von denen das letzte, Pra Você, Ilza (2024), seiner Frau gewidmet war, mit der er über 50 Jahre verheiratet war und sechs Kinder hatte.

Hermeto pflegte eine sehr eigene Beziehung zur Spiritualität und zum musikalischen Schaffen: Er glaubte, dass Musik eine universelle Energie sei, die Menschen über Kulturen und Religionen hinweg verbinden könne. Deshalb vertrat er eine großzügige Haltung gegenüber dem Urheberrecht — er sagte oft, die Musik gehöre nicht ihm, sondern sei ein geteiltes Geschenk, und stellte Kompositionen frei zur Verfügung, damit jeder sie spielen konnte. Eines der beeindruckendsten Beispiele für diese Hingabe war die Zeit, in der er sich vornahm, ein ganzes Jahr lang jeden Tag ein Stück zu komponieren (zwischen 1996 und 1997, der Calendário do Som), was in mehr als 400 Partituren mündete, die er der Welt als Geschenk überließ.

Er verstarb am 13. September 2025 in Rio de Janeiro, Brasilien, im Alter von 89 Jahren an natürlichen Ursachen. Doch seine Musik, voller Freiheit, Erfindungskraft und Großzügigkeit, bleibt unter uns — als hätte er die reinste Form der Ewigkeit gefunden.